Afagro tem 45 representantes no comando de greve

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A Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro) tem 45 representantes de 19 regionais do Estado e da central – sede da Secretaria da Agricultura (Seapdr), em Porto Alegre – no comando de greve definido nesta terça-feira (26/11) em assembleia das categorias ligadas ao Sintergs, Sindsepe e Sindicaixa. “Estamos vendo uma mobilização como nunca vista neste Estado. Isso é fruto da indignação e da esperança em um Estado mais justo e que nos respeite”, disse o presidente da Afagro, Antonio Augusto Medeiros.

A greve por tempo indeterminado iniciada nesta terça-feira, por diversas categorias de servidores estaduais, entre elas os fiscais estaduais agropecuários, ocorre devido ao atraso de 48 meses no pagamento dos salários dos servidores, além da falta de reposição há cinco anos. Informações obtidas pela Afagro junto às comissões de greve regionais mostram que, na fiscalização agropecuária, a adesão é de 95%.

“Paramos os abates e paramos as inspetorias veterinárias em todo o Rio Grande do Sul”, afirmou a diretora da Afagro, Angela Antunes. A dirigente se disse surpresa com a iniciativa da Seapdr de instalar um gabinete de crise com o qual os titulares da pasta acreditam que, por meio de uma linha telefônica, conseguirão atender a demanda de 250 inspetorias, mais de 200 estabelecimentos de produtos de origem animal, vários postos de divisa e toda a fiscalização de deriva do 2,4-D. “Isso não vai acontecer. Nós vamos parar e vamos mostrar que o serviço público é fundamental”, disse Angela.

“Todos os frigoríficos estão parando. São todas as inspetorias veterinárias paradas. Se em 2015 ia faltar o galeto de domingo, agora vai faltar o galeto, vai faltar a carne, vai faltar o leite, vai faltar tudo”, complementou Medeiros. À tarde, os servidores seguiram para ato unificado com outras categorias na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa.

 

Atividades da fiscalização agropecuária

Exemplos de serviços suspensos na área animal

1. Fiscalização de abates em frigoríficos;

2. Fabricação de derivados – cárneos e lácteos;

3. Lançamento e controle dos dados da vacinação contra febre aftosa;

4. Emissão de Guias de Trânsito Animal – GTA (documento obrigatório para o transporte de animais vivos);

5. Liberação de feiras e eventos agropecuários (leilões, rodeios, exposições);

6. Análise microbiológica e de fraude em produtos de origem animal

 

Exemplos de serviços suspensos na área vegetal

1. Fiscalização da deriva do 2,4-D;

2. Cadastramento de novos aplicadores de agrotóxicos hormonais;

3. Autorização de comércio de agrotóxicos;

4. Emissão de Permissão de Trânsito Vegetal – PTV (documento obrigatório para cargas que saem do Estado com produtos de origem vegetal);

5. Emissão da Guia de Livre Trânsito – GLT do Vinho (documento obrigatório para o transporte de vinhos e derivados da uva e do vinho a granel);

6. Análises químicas e físicas para identificar fraude em vinho e derivados da uva e do vinho.

 

Outros serviços suspensos

1. Atendimento de produtores rurais nas Inspetorias de Defesa Agropecuária;

2. Atividades nos Postos Fixos de Divisa;

3. Atividades na sede da Secretaria da Agricultura, em Porto Alegre.

 

Fotos: Bruna Karpinski

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