Seminário debate as narrativas construídas sobre os servidores e os serviços públicos

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A construção de narrativas contra os servidores e os serviços públicos foi tema de seminário realizado pelo Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs) nesta quinta-feira (6/6), à noite, na sede da entidade, em Porto Alegre. O público lotou o auditório da entidade.

“Essas narrativas atacando os servidores não foram construídas por acaso, elas foram muito bem pensadas”, avaliou o presidente da Afagro, Antonio Augusto Medeiros, que também é diretor de Política Salarial do Sintergs, na abertura do Seminário Pós-Verdade e a Construção de Narrativas sobre o Serviço e os Servidores Público. O dirigente fez a mediação do debate.

O diretor presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier, ressaltou que o objetivo deste projeto, que está recém começando, é fomentar, fortalecer e consolidar as relações dos sindicatos. O dirigente saudou o primeiro palestrante, que foi Pedrinho Guareschi, mestre e doutor em Psicologia Social.

Em sua palestra sobre psicologia social e pós-verdade, Guareschi falou sobre valores, crenças, consciência, subjetividade, capitalismo digital, mercantilização integral da vida e liberdade. O especialista explicou que pós-verdade “é quando as pessoas já não se baseiam mais em fatos objetivos”. Também sintetizou como a pós-verdade usou da psicologia social para avançar.

Para Guareschi, a liberdade é a busca por respostas. “Quanto mais respostas eu consigo, mais livre eu vou me tornando”, afirmou. E o que vai garantir tudo isso, segundo ele, é o debate aberto e público junto com a mobilização. “Se não pararmos para refletir e questionar, estamos perdidos”, avaliou.

O segundo e último palestrante foi o psicólogo Fabricio Rocha, especialista em Análise Institucional, que falou sobre como a visão dos serviços públicos e dos servidores é uma construção social. “As narrativas são ideias que juntas sustentam uma verdade”. Rocha também discorreu sobre como o uso intensivo da tecnologia aprimorou esse “falseamento” da verdade. “A pós-verdade não é uma não verdade, mas tem a função de distorcer a verdade”, explicou.

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