A Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro) vem por meio desta nota esclarecer alguns pontos abordados em matéria publicada pelo site G1 nesta quarta-feira (12/4), com o título Fraude na coleta de sangue para exames em cavalos é investigada no RS.
Na reportagem, o Sindicato dos Médicos Veterinários do RS (SIMVETRS) menciona a “inércia dos órgãos competentes para realizar a fiscalização”. Em nome da categoria, a Afagro esclarece que todas as denúncias de fraude são averiguadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO).
Diferentemente do que informa o dirigente do referido sindicato na matéria em questão, o SVO nunca recebeu nenhum alerta da entidade no que diz respeito à fraude dos exames de mormo. A Afagro defende que todo e qualquer tipo de fraude deve ser investigada e penalizada.
Outra questão importante de ser ressaltada é que, por duas vezes, a reportagem utiliza de forma equivocada a expressão “falso positivo”. Os exames são extremamente confiáveis e, neste caso, não se tratam de cavalos falso positivos. Trata-se de fraude na colheita das amostras com sangue de “cavalo doador” positivo.
O termo “cavalo doador” refere-se a uma prática ilegal que consiste em coletar amostra de sangue de um equino como se fosse de outro animal. Esta manobra vem sendo adotada já há alguns anos por maus profissionais na tentativa de burlar resultados positivos com falsos negativos. Desde janeiro de 2023, o SVO adota um novo protocolo. Nos casos em que há divergência no resultado dos exames, a medida é comparar o perfil genético das amostras para verificar se são do mesmo animal.
Por fim, sobre a conduta dos médicos veterinários que prestam serviço aos criadores na colheita de amostras, cabe ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS (CRMV-RS) fiscalizar. Os casos de profissionais em desvio ético, como não coletar amostra dos animais corretos para exames laboratoriais, devem ser denunciados ao conselho.
Foto: Arquivo/Seapi