A comissão de valorização do serviço oficial, formada por representantes da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), reuniu-se na manhã desta terça-feira (17/3) com o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, para falar sobre a precarização das condições de trabalho no Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura. O movimento da entidade é motivado pela preocupação com a manutenção do status sanitário do Estado em função da retirada da vacina contra a febre aftosa, trabalho que poderá ser impactado pela evasão constante e crescente de servidores que atuam na atividade. A desmotivação é resultado da falta de reposição salarial e parcelamento dos salários, situações que ocorrem há mais de cinco anos, somados ao corte do ponto no mês de março.
“Viemos buscar apoio para tentar reverter esta situação, pois estamos preocupados com a manutenção da evolução do status sanitário. Temos pessoas capacitadas, mas falta gente e falta estrutura”, disse o presidente da Afagro, Pablo Fagundes Ataide. O dirigente destacou que a entidade já tentou inúmeros caminhos, entre eles dialogar com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, porém até o momento não obteve retorno. “Nós somos sensíveis e entendemos que, quem produz, sem um serviço de defesa forte e capacitado, não tem acesso ao mercado”, afirmou Kerber, que sugeriu que seja feita uma articulação política para avançar nas tratativas sobre o tema. Na ocasião, o presidente do Fundesa assumiu o compromisso de fazer os contatos necessários “para ajudar a dar condições de continuidade no serviço de defesa”.
Instituída em assembleia geral ordinária da categoria realizada no dia 11/3, a comissão de valorização do serviço oficial é formada por representantes da diretoria e também por associados à Afagro. Neste primeiro encontro, além do presidente da entidade, estiveram presentes os fiscais estaduais agropecuários Ana Groff e Marcelo Göcks. A ideia é dialogar com as entidades representativas do setor sobre a precarização do serviço oficial, bem como manifestar preocupação com o cumprimento do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), que prevê a valorização dos servidores.
Foto: Bruna Karpinski