Até o dia 25 de outubro, dez equipes de campo formadas por fiscais estaduais agropecuários e técnicos agrícolas estão visitando 97 propriedades de 21 municípios das regiões de fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina e Uruguai. O objetivo é coletar 4.700 amostras de sangue para exame sorológico de bovinos com idade de seis a 24 meses, além de fazer o exame clínico dos animais, para elaboração de estudo de circulação viral da febre aftosa no Estado. Nesta primeira etapa, participam 30 fiscais estaduais agropecuários.
De acordo com a fiscal estadual agropecuária Lucila Carboneiro, do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), explica que as regiões de fronteira têm uma importância significativa numa possível reintrodução do vírus. “A realização deste estudo é importante porque comprova que o vírus da febre aftosa não circula no Estado, além de ser uma garantia de que as medidas de prevenção estão tendo resultado”, avalia Lucila.
“Apesar da falta de valorização do servidores públicos do Estado, estamos dedicados não só à evolução do status sanitário, como também nas coletas para o inquérito de circulação viral, que é uma etapa extremamente importante, que comprova que não há circulação do vírus da febre aftosa e demonstra que o trabalho de defesa sanitária está sendo bem executado pelos servidores da fiscalização agropecuária”, avalia o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Rio Grande do Sul (Afagro), Antonio Augusto Medeiros.
Este é um levantamento nacional para revalidar o status de livre de aftosa com vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As visitas iniciaram na última semana de setembro, em municípios como Aceguá, Bagé, Dom Pedrito, Jaguarão, Quaraí, Santana do Livramento, Santa Vitória do Palmar e São Borja. As amostras coletadas serão analisadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), antigo Lanagro, em Porto Alegre. Até o final do ano, o Ministério da Agricultura deve concluir relatório com os dados de todos os estados para encaminhar à OIE.
Foto: Marcela Bicca Bragança Correa